Politíca e Meio ambiente – É possível caminharem juntos?
É engraçado como algumas pessoas tendem a inverter a ordem das coisas. Tomam como certo o errado. E sabem quando isso ocorre? Quando o próprio umbigo esta em jogo. Veja o caso das árvores.
Muitas são as reclamações por conta da “sujeira” que essas fazem. Outros acreditam que o assunto não é importante, e que toma muito tempo. E tempo é dinheiro. E dinheiro não se perde.
Outro dia uma senhora falou bem assim: “quando que teremos um governante com coragem de derrubar todas essas árvores que ficam sujando as nossas calçadas, à frente nossas casas, os nossos quintais?
O que dizer dessa pessoa? Ela é má? Não ama a natureza? Não quer deixar para as futuras gerações, (e isso inclui os descendentes dela mesma)? Não, nada disso.
Essa senhora, que não é fictícia, mas vive no Jardim Novo Horizonte em Rolândia, fez esse “desabafo” com uma conhecida minha.
Claro que essa pessoa já tem idade avançada e que em seu tempo o tema não era difundido da maneira como hoje. Poucas eram as pessoas que se importavam com isso. Mas na medida em que o conhecimento foi se difundindo, alguns indivíduos, não todos, foram percebendo a situação em que estávamos entrando e resolveram tomar algumas atitudes que visasse a conscientizar as pessoas.
Houve aí uma inversão de valores. Se antes na escola, a preocupação era somente de falar das benesses do capitalismo como industrialização, comércio, crescimento populacional, emigração, imigração, passaram se a valorizar, ainda que de forma tímida, a preservação do meio ambiente, o espaço em que vivemos.
Tal mudança de pensamento chegou até mesmo na administração pública, com a criação de departamentos que visem tão somente cuidar desse assunto.
Esse novo modelo chegou até em cidades de médio e pequeno porte tem o seu departamento responsável.
Mas como todo assunto novo assusta e divide opiniões, o tema ainda é tratado de forma parcial pelo setor público. Se por um lado temos de cuidar do meio em que vivemos, pelo outro não podemos deter o avanço, o progresso, “a mola propulsora do mundo”.
No tocante a árvores na cidade. O que pensar, falar, fazer? É necessário que aquele que detém o mando político sobre o município, que esse setor não pode de maneira alguma se omitir de cumprir com aquilo que lhe é de função. Ou seja, se for pra impedir, que se impeça. Se for pra proteger, que se proteja. Pode-se aniquilar com a vida do vegetal, desde que comprovada essa necessidade, que assim seja feito.
Porém, em hipótese alguma as ações dessa repartição poderá se sujeitar a vontade popular quando essa estiver equivocada, por mais populista que seja o chefe do executivo. E o responsável por essa pasta não pode ser nomeado por indicação puramente partidária. Se for dessa forma, que a escolha recaia sobre algum com conhecimento e vida dedicada à causa.
O difícil de governos populistas é que quando eles são confrontados em solucionar questões dessa natureza, o que pesa infelizmente é o retorno político em curto prazo. E isso em detrimento daquilo que realmente deveria ser feito.
“quando que teremos um governante com coragem de derrubar todas essas árvores que ficam sujando as nossas calçadas, à frente nossas casas, os nossos quintais?…
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