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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ônibus lotado e o direito dos Idosos, dos deficientes e das gestantes

Mesmo com essa onda da “Gripe Suína”, os ônibus ainda continuam lotados. Tenho por hábito andar de ônibus. É mais barato, seguro e desconfortável. Não que me agrade esse último adjetivo, claro.

Outro dia estava inda pra Londrina. O trajeto é relativamente curto. Sentei na parte anterior a catraca, pois estavam lotados os bancos, corredores até ao fundo. Teve gente que “olhou torto” para mim. Mas não estava fazendo nada de errado.

Criou-se uma idéia de que ali na frente o lugar é reservado para os idosos, gestantes, deficientes físicos. E se tivesse alguma gestante, deficiente físico ou idoso, mas idoso mesmo, eu me levantaria sem problema algum. Mas na verdade, isso nunca foi de fato verdade. Até mesmo o motorista do ônibus falou isso em certa ocasião.

Dê uns tempos pra cá, a empresa responsável pelo transporte metropolitano em nossa região, a Garcia, reservou alguns bancos justamente nessa parte atrás da cabine do motorista, com placas indicativas e um diferencial nas cores. Ao invés do tradicional cinza, as poltronas são vermelhas ou amarelas.

Mas fiquei a pensar. E o direito daqueles que não se enquadram nesse perfil? Esses podem ficar em pé no corredor, espremidos como sardinhas em lata?

Não estou querendo dizer que o grupo citado por mim anteriormente não mereça um diferencial no transporte coletivo. Porém, essa é uma obrigação da empresa, e dessa forma, quem esta pagando pela “gentileza”, são os demais passageiros.

Outro dia vi uma reportagem falando sobre a falta de educação de alguns passageiros que não cedem o seu acento para as mulheres grávidas. Realmente, é necessário que as pessoas tenham esse bom senso. Mas a reportagem em momento algum cobrou essa obrigação da empresa.

Por acaso aquele que faz o seu percurso em pé, paga meia passagem pelo desconforto? Imaginem um percurso de uma hora em pé, e ainda, dependendo o caso, o cidadão ter de trabalhar por mais oito horas ou até mais, na mesma posição?

Dessa forma, temos a situação que o cidadão comum, pessoa física, esta sendo cobrado por uma obrigação que deveria ser da empresa que presta o serviço, e que fatura e muito bem com esse ramo de atuação.

Que as empresas disponibilizem mais veículos então. Que coloque um serviço determinado para tal.

Do usuário tudo, da empresa, nada. Como diz aquele ditado conhecido, “estão fazendo bonito com o chapéu dos outros”.

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