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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010


O paradoxal bronze do Wanderlei


Olimpíadas de 2004. É quase linha de chegada, e para orgulho de todos nós Brasileiros, tínhamos um compatriota galgando o primeiro lugar. Faltavam alguns metros quando de repente do meio daquela multidão que acompanhavam a corrida que marcaria a vida daquele corredor, surge uma figura amalucada, com roupa típica escocesa, segurando o brasileiro e tirando dele a vantagem que ele havia conquistado sobre seus concorrentes.

O terceiro lugar foi somente o que restou. Aquele dia, mesmo que só naquele momento, teve a cor da medalha recebida no pódio. Sabe se lá o por que de não se ter dado a premiação ao Brasileiro, uma vez que todos viram que não foi por sua culpa que não obteve êxito em sua corrida. Azar o dele. Será?

Como diz um ditado “nem tudo que reluz é ouro”. Sei que talvez ele não caberia aqui, uma vez que somente sobrou uma medalha de bronze para o protagonista dessa história. Mas assim mesmo utilizando esse ditado e substituindo um metal precioso por um de menor importância, poderia dizer que “nem tudo que pareça fosco, escuro sem muito brilho é bronze”. Você pode até falar, “mas que comparação mais sem sentido?”, e eu explicaria com uma outra pergunta: Quem foi o ganhador da medalha de ouro naquela ocasião? Difícil de responder, não é mesmo? Talvez no país do “campeão”, saberiam responder a esse questionamento, mas para a maioria daqueles que assistiram àquele acontecimento, incluindo a nação do “vencedor”, saberão apenas dizer que recordam que o ouro seria daquele brasileiro que foi impedido pelo “louco de traje esquisito”.

Com certeza ele já teria sido esquecido se conquistasse a mais honrosa das três medalhas, afinal de contas que feito tão grandioso seria conquista-la, uma vez que tantos outros já o fizeram em ocasiões anteriores.

Calrl Lewis

Melhor é uma quase derrota honrosa, tendo méritos pelo incidente que a encurralaram na, do que um ouro ganho da forma como aconteceu em Seul, em 1988. O velocista norte-americano, era tido como imbatível, uma vez que já tinha comprovado para todos o seu potencial nas pistas de corridas em outras provas. Porém restou a ele a prata. A vitória ficou com o Canadense Bem Johnson, que também teve seu nome registrado no atletismo mundial. Mas não pelo fato de ter ganho o tão almejado ouro olímpico. Decorridas algumas semanas da competição, o corredor canadiano, foi pego no teste antidoping. O até então homem mais rápido do mundo perdeu a sua medalha de ouro, não sendo reposicionado na competição pela qual havia participado. O ouro foi entregue a Lewsi, que dedicou a vitória ao pai morto.

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